A dor vaginal é um sintoma que pode surgir de forma pontual ou persistente, e afeta milhares de mulheres em diferentes fases da vida. Apesar de ser comum, não deve ser normalizada nem ignorada. A dor pode ter origens muito distintas — físicas, hormonais, musculares ou emocionais — e compreender a causa é essencial para encontrar alívio e recuperar a qualidade de vida.
O que é a dor vaginal?
A dor vaginal pode manifestar-se como uma sensação de ardor, picada, pressão ou desconforto interno ou externo, seja de forma constante, seja apenas em determinadas situações (como durante o contacto íntimo, uso de tampões ou mesmo ao sentar).
Pode apresentar-se como:
- Dor aguda ou em pontada
- Sensação de pressão ou peso na zona pélvica
- Ardor ou comichão
- Hipersensibilidade ao toque
- Dor durante ou após relações sexuais (dispareunia)
Causas mais comuns da dor vaginal
- Infecções vaginais (candidíase, vaginose bacteriana, herpes genital)
- Alterações hormonais (especialmente na menopausa ou pós-parto)
- Vaginismo ou tensão muscular no pavimento pélvico
- Vestibulodínia (dor na entrada vaginal sem causa infecciosa)
- Trauma ou cicatrizes (por exemplo, após parto ou cirurgia)
- Fatores emocionais como ansiedade, stress crónico ou historial de trauma
- Uso de roupa apertada ou produtos de higiene agressivos
Quando procurar ajuda?
Se a dor vaginal persiste, interfere com o dia a dia ou provoca desconforto nas relações, é fundamental procurar ajuda especializada. A avaliação multidisciplinar — ginecológica, fisioterapêutica e, quando necessário, psicológica — pode ser essencial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.
O papel da fisioterapia especializada
A fisioterapia pélvica tem vindo a ganhar destaque no tratamento da dor vaginal, especialmente quando a origem está relacionada com tensão muscular, cicatrizes, alterações na postura ou padrões de movimento.
É possível obter melhorias significativas — e em alguns casos, alívio quase imediato — através de técnicas específicas que promovem o relaxamento, controlo e reeducação da musculatura pélvica.
Conclusão
A dor vaginal não deve ser silenciada, ignorada ou desvalorizada. É um sinal de que algo precisa de atenção, cuidado e, muitas vezes, de uma abordagem integrada que olhe para o corpo como um todo. Cada mulher é única — e o seu corpo também.